UFRN Abre Inscrições Pro Programa ProfLetras

30 Mar 2019 18:33
Tags

Back to list of posts

<h1>O Doutorado &eacute; Prejudicial &agrave; Sa&uacute;de Mental</h1>

<p>A professora Katemari Rosa ainda se lembra de um dia em que aguardava o &ocirc;nibus at&eacute; a faculdade Federal de Campina Enorme (PB), onde lecionava f&iacute;sica. De imediato era criada em f&iacute;sica pela Escola Federal do Rio Amplo do Sul (UFRGS), com mestrado em Filosofia da Ci&ecirc;ncia na Faculdade Federal da Bahia (UFBA) e doutorado em Ensino de Ci&ecirc;ncias na Escola Columbia, nos EUA. No ponto do &ocirc;nibus, aguardavam alunos, t&eacute;cnicos e funcion&aacute;rios da escola. Ela avisou a uma criancinha que o transporte estava chegando, e a menina perguntou o que ela fazia. Katemari respondeu que era professora. &Aacute;frica, preconceito e tem&aacute;ticas afins.</p>

<p>Katemari se incomodou com a pergunta da guria, no entanto acabou n&atilde;o respondendo. Concurso P&uacute;blico: Professora Fornece Dicas De Estudo Para as pessoas que Vai Prestar como se uma mulher negra n&atilde;o pudesse fazer o que ela fazia. Ao longo da exist&ecirc;ncia acad&ecirc;mica, o desconforto apareceu algumas vezes, como num dia em que estava sentada sozinha pela mesa de tua sala, com seu nome escrito pela porta. Uma guria entrou e pediu pra chamar a professora Katemari. O desconforto fez com P&oacute;s-gradua&ccedil;&atilde;o Em Direito No Exterior dedicasse a pesquisar trajet&oacute;rias e viv&ecirc;ncias de pesquisadoras negras.</p>
<ol>
<li>Descreva os estudos que ser&atilde;o efetuados</li>
<li>5 Carreira como vidente</li>
<li>Fotocopia de identidade autenticada ou copia autenticada do passaporte</li>
<li>6 P&eacute;gase (her&aacute;ldique)</li>
<li>11&deg; FIPECAFI (SP) MBA Gest&atilde;o Financeira e Tra&ccedil;o</li>
<li>SAMUELS, Andrew e Colaboradores. Dicion&aacute;rio Cr&iacute;tico de Observa&ccedil;&atilde;o Junguiana, R J, Imago, 1988</li>
</ol>

<p>Sua tese de doutorado, defendida nos Estados unidos, &eacute; sobre isto mulheres negras na f&iacute;sica. Uma das dificuldades &agrave; data, lembra, foi obter fatos sobre isto ra&ccedil;a das cientistas brasileiras, o que a levou a focar a procura nas americanas. S&oacute; em 2013 o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient&iacute;fico e Tecnol&oacute;gico) passou a indagar aos pesquisadores brasileiros a respeito de cor ou ra&ccedil;a.</p>

<p>Financiada pelo CNPq, a iniciativa pretende recuperar trajet&oacute;rias e fazer um in&eacute;dito banco de detalhes aberto ao p&uacute;blico com a hist&oacute;ria desses cientistas. Ao saber do projeto, estudantes de diferentes partes do na&ccedil;&atilde;o a procuraram, interessados em participar. No Tocantins, uma crian&ccedil;a pediu que orientasse seu servi&ccedil;o sobre isto bi&oacute;logas negras, diante do defeito de descobrir uma pessoa que se interessasse em acompanh&aacute;-la.</p>

<p>Um desd&eacute;m Biblioteca P&uacute;blica Paulistana Luta Pr&ecirc;mio Internacional , como no caso do estranhamento ao ver uma mulher negra professora, &eacute; sinal do que Katemari, hoje, aos 39 anos, identifica como racismo estrutural, entretanto que algumas vezes demorou a distinguir. Oriunda de uma fam&iacute;lia de classe m&eacute;dia baixa, aluna da universidade p&uacute;blica, formada s&oacute; pela m&atilde;e, Katemari &eacute; professora-adjunta do Instituto de F&iacute;sica da UFBA e tornou-se um nome de fonte contra a invisibilidade de negros na procura acad&ecirc;mica. Em janeiro de 2017, foi uma das organizadoras do 1&ordm; Encontro de Negras e Negros pela F&iacute;sica, dentro dos debates do Simp&oacute;sio Nacional de Ensino de F&iacute;sica, ocorrido no campus da USP em S&atilde;o Carlos.</p>

<p>A professora tamb&eacute;m participou do Di&aacute;logo Elas nas Exatas, realizado no Rio em mar&ccedil;o desse ano por corpora&ccedil;&otilde;es como Fundo ELAS, Instituto Unibanco, Funda&ccedil;&atilde;o Carlos Chagas e ONU Mulheres. &Eacute; uma das pesquisadoras chamadas pelo CNPq a digitar, para a pr&oacute;xima edi&ccedil;&atilde;o do projeto Pioneiras das Ci&ecirc;ncias, verbetes a respeito cientistas negras.</p>

<p>Algumas iniciativas neste sentido v&ecirc;m sendo conduzidas na Liga Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN), constru&iacute;da em 2000 com inten&ccedil;&atilde;o de organizar encontros e publica&ccedil;&otilde;es com tema em pesquisas produzidas por negros ou voltadas para a tem&aacute;tica. Apaixonada por f&iacute;sica - (&quot;Apesar das aulas terr&iacute;veis do ensino m&eacute;dio&quot;, brinca -, Katemari diz que se interessou pela &aacute;rea desde criancinha, quando passava horas vendo o c&eacute;u e dizia que seria astrof&iacute;sica.</p>

<p>A escola t&eacute;cnica onde estudou, hoje IFRS ( Cinco Maneiras De como Entender Pra Concursos do Sul), ficava ao lado do planet&aacute;rio da UFRGS. Ela perdeu a conta de a quantas sess&otilde;es assistiu. Em sala de aula, uma de tuas preocupa&ccedil;&otilde;es &eacute; trabalhar no que hoje se chama de &quot;descoloniza&ccedil;&atilde;o&quot; do ensino, com uma proposta que traga novos conceitos, saberes e escolas. Nessa luta, Katemari diz que &eacute; necess&aacute;rio sonhar numa outra ordem para fazer diferente. E a astrof&iacute;sica, pergunta a BBC Brasil? Katemari achou chat&iacute;ssima. Preferiu o eletromagnetismo, a filosofia e a pesquisa por algumas estrelas - negros e negras que brilham nas ci&ecirc;ncias.</p>

Comments: 0

Add a New Comment

Unless otherwise stated, the content of this page is licensed under Creative Commons Attribution-ShareAlike 3.0 License